
Olá, leitor(a)! Tudo bem? Hoje, aqui no Chá, não pretendo elaborar uma crítica, uma breve reflexão, talvez.
No último sábado, assisti ao suspense americano "Gone Girl", de David Fincher. Decidi vê-lo, de fato, depois de ler um texto nele inspirado.
O jogo de aparências meticulosamente preparado para envolver o espectador traz à tona os paradigmas do ser para si e ser para o outro. Nele, o desaparecimento de uma mulher, no dia em que ela e seu esposo deveriam estar comemorando cinco anos de casados, é rodeado de suspense sobre como a protagonista desapareceu, e, no decorrer da trama, somos motivados por uma série de fatos correlacionados, ou não.
Realista e/ou pessimista, a autora do best-seller que vendeu mais de seis milhões de exemplares - e também roteirista do suspense homônimo -, Gillian Flynn, teve a obra literária fielmente adaptada às telonas. Nas entrelinhas, visualizamos uma verdade nua, sem rodeios, sobre o apodrecimento das relações humanas, a perecibilidade da união estável, do estranhamento em relação ao outro em um piscar de olhos, bastando a convivência mais íntima.
De fato, às vezes, a gente não se apaixona por alguém, mas pela ideia de cumprir suas metas com este alguém, de colocar nele todas as suas expectativas e todos os seus sonhos. E terão, sim, fases mornas e frias, que, em Garota Exemplar, são levadas ao extremo, trágico e desvairado. Na pele da antagonista bela e de aspecto melancólico, vê-se a morte calculada e metódica da instituição matrimonial, que já não passava de uma armadilha de vontades e excessos.
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